Cake – Uma Razão Para Viver

29 de abril de 2015

Assumo que sou do grupo que acha que Jennifer Aniston vai ser pra sempre a Rachel do seriado Friends. Assumo. Pronto, falei. Impossível olhar pra ela e não ir direto pra lá. Eu vi a série todinha, do começo ao fim, era MUITO apegada. Então impossível a dissociação.

Ainnnnn… É mais forte do que euuuuu… Mas juro que tô tentando desconectar!

Li em alguns lugares quando saiu os indicados pro OscarRachel Jennifer dando depoimentos de que ela (no filme Cake) foi a maior rejeitada esse ano. Que a academia a esnobou.

Fiquei curiosa para ver o filme!

Acho que até hoje não tinha visto nadica de nada dela além de Friends (sorry again!)! Me lembrem aí os outros filmes que ela fez? Deve ter um tanto de comédia romântica, né? Mas não me vem nada na cabeça… Minha memória é bem franca, então me ajudem!

E minha curiosidade foi só aumentando…

Semana passada foi dia de resolver isso! Dei play!

Jennifer faz a sofrida e mal-humorada Claire. Que passou por uma perda absurda (que a gente só entende lá pro final do filme!) e foi parar num grupo de apoio para pessoas com dores/sofrimento crônico.

Começa com ela em um desses encontros, cheia de cicatriz no rosto e corpo ouvindo a história de uma ex-companheira de grupo que se suicidou.

Ela fica obsessiva-compulsiva com o relato e vai atrás de investigar o caso dando de frente com o viúvo da moça.

O filme fala de viver a dor até o fim. De encarar de frente. De redescobrir razões para enfrentar a vida quando a vida já não interessa mais.

Luta. Principalmente da gente com a gente mesmo. Se esconder ou abrir as janelas e deixar o sol entrar de novo, sabe?

Gosto do trabalho da Jennifer apesar de reconhecer trejeitos da Rachel (e inevitavelmente voltar para lá!) hora ou outra durante o filme. Mesmo sem nenhuma maquiagem, mesmo usando um figurino meio pijama quase o filme todo. Mesmo com tantas cicatrizes. Mesmo…

Dá para ver a entrega, a importância daquilo tudo para ela. Do filme, mesmo. Da oportunidade de mostrar alguma coisa diferente para gente. E ela mostra. Ela faz. Ela entrega.

Todo o meu amor para Silvana, personagem interpretada pela maravilhosa Adriana Barraza, que a gente quer pegar no colo! Belas sequências entre as duas!

Eu gosto do filme mas não aaamo não…

Mas vale!

Comove, faz pensar, faz agradecer a Deus por  mais um dia de janelas abertas na vida.

Obrigada, Meu Deus!

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Curta - Julia Faria

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