Birdman

11 de fevereiro de 2015

Depois de quase três dias sem poder postar, estamos de volta com nossa programação normal! Ufa!

Eu sigo firme e forte na minha Maratona Oscar! Uma alegria ter tanto filme bom para ver nesse meu momento de prisão domiciliar pós-operatória! 😉

Vi mais alguns… Fora Game Of Thrones que já contei no instagram que tô v-i-c-i-a-d-a, né? Vida! Tô quase acabando a terceira temporada, me deixa acabar a quarta e venho falar sobre o assunto!

Voltando pros meus filmes…

Tem um tanto de coisa nova que vi! Mas vou postando um por vez para a turma que tem preguiça de texto sobre filme não enjoar e me puxar a orelha de novo! #medos #pavores

Bora para belezura de Birdman que vi semana passada! Prontos?

Lindo, lindo, lindo, lindo, mil vezes lindo!

Fui ao cinema com a família toda e eu fui a única que saí realmente tocada no cinema. Todo mundo curtiu. Normal. Mas eu me emocionei. Amei muito.

Eu vejo o filme quase que como uma declaração de amor do diretor para os atores de um modo geral. Atores de teatro e cinema. Pra turma que tá atrás de fazer uma carreira relevante, profundidade cênica, sobreviver num mercado cruel. Talvez por isso o filme tenha falado mais comigo do que com o resto da família. Compartilho de um tanto de angústias e inquietações daqui. Então fez muito sentido para mim.

Trata-se de um ator que ficou muito famoso nos anos 90 interpretando um super-herói chamado Birdmane depois de recusar o quarto filme da saga, não conseguiu mais retomar a carreira. Então, anos depois decide dirigir, roteirizar AND estrelar a adaptação de um texto consagrado para a Broadway. Tipo o tudo ou nada, sabe assim?

O protagonista é do Michael Keaton que tá m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o! Não sei se na hora de escalar pensaram nisso, mas a ironia da história do artor/vida real ter muita coisa com a do personagem, deixa o trabalho dele ainda mais forte, intenso. Depois de interpretar alguns Batmans, a carreira de Keaton também deu uma esfriada, lembram? Acho que esse filme veio para ele assim como a peça vem no filme para seu personagem. Turning points, mesmo, sabe?

O filme é feito quase que todo em plano sequência. Tá bom, tem um corte ou outro se você procurar, claro que tem. Mas os planos são longuíssimos e MUITO bem trabalhados. A sensação é de que a gente tá dentro. Indo junto. Bem legal!

E os atores todos dão show! É muito difícil de fazer e o resultado é impecável! Babei!

Amo muito Emma Stone e Edward Norton. Mas não acho que vale Oscar para ninguém aqui não! Talvez pro diretor. Sim, pro diretor super. Mas Keaton levou o de ator no globo de ouro porque concorreu a melhor ator de comédia. Comédia? Não… Não acho que seja comédia. Agora no Oscar, ele entrou na categoria Melhor Ator, concorrendo com Eddie Redmayne em A Teoria de Tudo. Mil vezes Eddie!

Gosto muito também de como eles satirizam a relação de talento com sucesso. O fato de um cara jogar um vídeo qualquer no youtube e amanhã ficar muito famoso. A relação dos atores com os críticos de arte. O sucesso dos blockbusters de heróis.

O final me deixou meio “oi?”, meio que querendo mais algumas explicações. Mas eles deixam na nossa mão o amarrar da história. Bom também!

Filmão! Gostei muito!

Se ainda não viram, corram para ver!

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Curta - Julia Faria

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